segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Cristo em nós!
E quem haveria de crer, que aquela criança nascida em um estábulo, cercada de animais, poderia transformar cada um de nós, a seu tempo, contido num DNA, para expandir consciências. Eis a maior verdade: O Cristo em nós já existe e aguarda apenas a sincronia do Pai, através de sinais para que se abra, como um botão de flor, exposto ao sol.
Da manjedoura dourada, palha seca, ao templo com doutores, à mesa com apóstolos, às perseguições por sua peregrinação constante, até o momento mais especial de todos, o deserto, ao qual se retirou para entender-se.
Este ponto crucial de nossa vida, também aconteceu a Jesus. Retirar-se da convivência com amigos. Desertar de toda a ilusão da vida e interiorizar. Ali sofrer todas as tentações do demônio, onde podemos entender com perfeição que as tentações eram a vontade de desistir do caminho, da jornada. Era esquecer que se leva junto uma multidão de seres maravilhosos, amigos de toda a sorte, numa caminhada quase estéril. Que o demônio, nossa vontade, nossos desejos, nossa interação com a vida de luxúrias, de vaidades, o demônio eramos nós mesmos, nos chamando à convivência humana, novamente. No deserto, na solidão de um caminho único, que nos impele a repensar tudo o que nos envolve, tudo o que nos dá uma falsa alegria, tudo o que nos conforta, vêm neste instante e começa a perder àquele valor. Desapegar de tudo isto é dolorido, mas necessário. As lições de desapego sincronizadas por mestres que nos amparam e, assim descobrirmos, que a solidão do caminho é nunca estar só que os temos ao lado intuindo, que o livre-arbítrio é, apenas um sinal , ainda de incertezas, entre o caminhar antigo e os novos passos a assumir.Momento difícil, senão torturante. Sair de nossa zona de conforto e pairarmos sobre as dificuldades, pedras, do caminho do aprendiz. Caminho este, que aos poucos será assumido e cada dia mais belo e menos sofrido. Caminho em que a razão dá lugar a intuição e nos aproxima cada vez mais do amor incondicional. Àquele que venceu a caminhada, não mais será o mesmo e nem mais um segundo tentado a desviar-se.
Jesus também caminhou sobre as torturas, pedras do caminho, enquanto discernia entre estar lá, com a multidão que o seguia e com tal fervor o desviava da missão combinada ou ouvir-se e alcançar a meta desejada. Ele passou também pelo crivo do livre-arbítrio: entre apego e desapego, entre egoísmo e amor incondicional. Ele também teve medo do que estava fazendo com aquela multidão que o seguia e que muito pouco entendiam o novo reino pretendido. Porém, sua escolha recaiu sobre si próprio, pela infinita certeza de que seus passos, mesmo parecendo estranhos, eram a coisa certa a fazer. A atitude adequada ao que ensinava e ao que se propusera. É neste instante, que o demônio, a vida lá fora, afasta-se e o Divino Espírito Santo o coroa como Cristo. A luz de Deus o retorna diferente, consciência expandida, na certeza de ali, breves instantes o separavam da eternidade, do exemplo a ser seguido, de ser uma partícula atômica em um DNA a ser modificado. Já não bastava mais estar sendo seguido por aquela multidão de seres famintos da palavra nova, de uma esperança visionária, mas precisava ir além. Ser o Divino espírito de todas as caminhadas. Ser o instrutor do mundo aos aprendizes. Mostrar-lhes um novo caminhar, mesmo que, através de seu próprio exemplo, a superação fosse a única esperança e certeza de uma vida em glória, em paz.
Retorna Jesus, o Cristo, agora, em cada aprendiz, em cada solitário que retira-se ao deserto de seu interior, que passa pela provação de seus próprios demônios, que aprende e superar a dor do aprendizado, o desapego de tantas vivências encruadas em seu espírito, pelas diferentes reencarnações sofridas em mundos desiguais. Retorna e o preenche de amor incondicional e da certeza de que um novo caminho se abre àquele que quer. Que mesmo parecendo diferente, será único ao Pai. Retorna o Cristo e torna crístico todo o momento e o movimento em busca de ampliar consciências em prol de um mundo melhor, em busca do amor pleno, da paz da certeza de estar sendo coerente com os aprendizados. O Cristo em nós já existe! E a cada grão de semente germinada, uma nova e diferente missão aguarda.
Não tema o deserto, nem o demônio que tenta! Com passos firmes, abra os braços ao Cristo que o espera e seja a Luz do Divino Espírito Santo que envolverá a todos no mundo, numa missão de amor e paz universais. "Venha a mim as criancinhas!"
Aceite as transformações que advirão para curá-lo e transformá-lo no discípulo da verdade de Cristo, qual inocente criança, afoita de aprendizados deseje expandir sua consciência numa única verdade, a verdade Crística.
Das Estrelas
Godila Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário